DESASTRE DE MARIANA

13/03/2016 10:45

    O rompimento da barragem de rejeitos da Samarco em novembro de 2015 – que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, é o maior desastre do gênero da história mundial nos últimos 100 anos. Se for considerado o volume de rejeitos despejados 50 a 60 milhões de metros cúbicos, o acidente em Mariana (MG), equivale, praticamente, à soma dos outros dois maiores acontecimentos do tipo já registrado no mundo, ambos nas Filipinas.

    Mas não é apenas nessa métrica que a tragédia mineira sai negativamente na frente. Em termos de distância percorrida pelos rejeitos de mineração, a lama vazada em Samarco quebra o recorde. São 600km de trajeto seguidos pelo material, até o momento. Que em poucos dias,  se espalhou, peixes morreram, cidades ficaram sem água e milhares de pessoas perderam seu meio de sustento à medida que os rejeitos de minério tingiam de marrom as águas do Rio Doce até chegar ao mar, no Espírito Santo. Fato este, que despertou especial preocupação por se tratar de um ambiente rico em biodiversidade, berçário natural para muitos animais marinhos. 

    O acidente em Mariana liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, que eram formados, principalmente, por óxido de ferro, água e lama. Apesar de não possuir, segundo a Samarco, nenhum produto que causa intoxicação no homem, esses rejeitos podem devastar grandes ecossistemas.

    A lama que atingiu as regiões próximas à barragem formou uma espécie de cobertura no local. Essa cobertura, quando secar, formará uma espécie de cimento, que impedirá o desenvolvimento de muitas espécies. Essa pavimentação, no entanto, demorará certo tempo, pois, em virtude da quantidade de rejeitos, especialistas acreditam que a lama demorará anos para secar. Enquanto o solo não seca, também é impossível realizar qualquer construção no local.

 

Crie um site grátis Webnode