Acompanhamento Consulta Pré-Natal - UBS Araguaína Sul
No dia 12 de maio de 2016, alunos da disciplina Medicina da Família e Comunidade II acompanharam no consultório junto à professora orientadora, atendimentos pré-natais. Haviam 5 gestantes agendadas para o dia, sendo que somente 3 compareceram à Unidade Básica de Saúde - Bairro Araguaína Sul.
Dentre as consultas, duas foram de caráter subsequente sendo que a terceira foi o primeiro atendimento de pré-natal da gestante em questão. No caso desta última, foi realizado todo o roteiro de identificação da paciente, verificação quanto aos antecedentes familiares (HAS, DM, CA, etc), antecedentes pessoais e obstétricos, questionando quanto ao número de gestações, tipos de parto e aborto. Com base no dia da última menstruação (DUM), foi calculada a data provável de parto (DPP) e a idade gestacional (IG). Por fim, verificou-se o cartão de vacina, requisitou-se os exames: hemograma completo, tipagem sanguínea e fator Rh, glicemia de jejum, exame comum de urina, sorologia para toxoplasmose, VDRL, anti-HIV, HBsAG e Ultrassom obstétrica. Também foi solicitado eletroforese de hemoglobina com base no histórico da paciente e foram prescritas as medicações de costume, sulfato ferroso e ácido fólico.
Durante os outros dois atendimentos, foram verificados o peso, pressão arterial, estatura, IMC, exames do abdome (manobras de Leopold, ausculta do batimento cardíaco fetal e altura uterina). Foram analisados os resultados de exames que ambas as gestantes trouxeram. Quanto à conduta foram prescritas as medicações de uso rotineiro, requisitada ultrassonografia (USG), verificação do calendário vacinal e encaminhamento para a sala de vacina, bem como cálculo da idade gestacional com auxílio do gestograma.
Dentre as gestantes, uma estava abaixo do peso e foi aconselhada quanto à importância da boa alimentação para o desenvolvimento do feto. Nenhuma das três possuíam mais de 20 anos de idade e nenhuma gestação havia sido planejada, o que nos atentou ao fato de a população não ser bem orientada quanto ao uso de preservativos, uma medida tão simples e relativamente eficaz quanto à prevenção da gravidez e claro, mais importante ainda, na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST's). Outro fato curioso é que uma das pacientes só descobriu que estava grávida no 6º mês de gestação. Essa mesma, já no 7º mês de gestação, não estava com o cartão de vacina, sendo que este se encontrava em outra cidade, mostrando mais uma vez a falta de orientação da população quanto a um fator importante, visto que é essencial à gestante a atualização das vacinas para evitar doenças no recém nascido.
Sendo assim, concluímos que nem sempre o problema se encontra no sistema único de saúde (SUS) mas fator importante também é o nível de orientação da população quanto à situações básicas, porém de suma importância. Nessa prática de ensino os alunos aprimoraram de modo significativo os conhecimentos a respeito do pré-natal e tiveram a oportunidade de estabelecer uma relação "médico"-paciente com êxito.
Por: Matheus dos Santos Meireles