Importância do Pré- Natal e do Puerpério
O pré-natal deve iniciar-se no 1° trimestre de gestação, permitindo que as ações preventivas e terapêuticas sejam oportunamente introduzidas.
Toda mulher da área de abrangência da Unidade básica de Saúde com atraso menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o teste rápido de gravidez (TRG). Se o atraso menstrual for de mais de 12 semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo exame clínico e torna-se desnecessária a solicitação do TRG.
Após a confirmação da gravidez, o enfermeiro ou medico deverá realizar o cadastramento da gestante no Programa de Humanização do Pré-natal, preenchendo a Ficha de Cadastramento da Gestante, fornecendo o número do susprenatal e anotando-o no cartão da gestante e no prontuário.
Nas consultas seguintes o acompanhamento da gestante deve ser feito através do preenchimento da ficha de registro diário dos atendimentos das gestantes no susprenatal que deverá ser preenchida pelo profissional que realiza a consulta. É preciso também entregar a gestante o Cartão de Gestante, a Agenda da Gestante e o Kit Rede Cegonha.
Em toda consulta o medico ou o enfermeiro devem realizar à avaliação do risco gestacional. A equipe deve desenvolver atividades educativas, com o intuito de orientar sobre a importância do pré-natal e preparando a gestante para o aleitamento materno e para o parto, além dos cuidados com o bebê.
A atenção pré-natal deve envolver toda a equipe. A equipe deve realizar visitas domiciliares com o objetivo de monitorar a gestante, orientar os cuidados adequados, identificar possíveis sinais de risco e realizar os encaminhamentos necessários. Além de estimular a participação da mulher em grupos de gestantes.
As gestações de risco habitual correspondem a 90% das gestações e apresentam baixa probabilidade de intercorrências maternas e/ou fetais. Para o pré-natal de risco habitual preconiza-se 6 consultas sendo uma consulta no 1° trimestre, duas no 2° trimestre e três no 3° trimestre.
As gestações de alto risco deve ser encaminhada para o serviço de referência , devendo, contudo, continuar a ser acompanhada pela Equipe de Saúde da família responsável.
Compreende-se por puerpério o período de 42 dias, que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação.
A visita puerperal é recomendada na primeira semana após a alta da mulher e do bebê, sendo que as situações de morbidade e mortalidade materna e do neonato acontecem em boa parte na primeira semana após o parto, esta atividade e fundamental para mãe e para o filho, pois é gerado uma oportunidade de contato para instruir os cuidados previstos para a primeira semana de saúde integral, verificando o cartão da gestante e do recém-nascido e indagando a mãe como estar a amamentação, a sua alimentação, o sono e o retorno de suas atividades, procurar saber também se ela sente alguma dor ou queixas de febre e sangramento ou algum outro fluxo vaginal, perguntar sobre as condições sociais, psicoemocionais e planejamento familiar. Se informar sobre as condições da gestação e do parto (tipo), se ouve alguma intercorrência no parto e se foi realizado a triagem (realização dos exames sífilis, HIV entre outros).
Nesse momento é importante orientar a mãe sobre higiene, alimentação, atividades físicas e sexuais (utilização de métodos contraceptivos após o parto), ensinar a ter cuidados com as mamas e reforça a importância e como funciona o aleitamento que se faz importante até o sexto mês de vida do bebê não sendo necessário oferecer qualquer outro alimento, nem mesmo água ou chás, informar os cuidados que se deve ter com o RN e sobre os direitos da mulher, caso surja uma duvida esclarecer da melhor forma possível de acordo com o entendimento da paciente, fazer um reforço sobre as necessidades de utilizar a suplementação de ferro e os outros medicamentos receitados pelo medico.